segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

"Pássaros Feridos"

"Pássaros Feridos", romance de Colleen McCullough adaptado para o formato de minissérie conta a história do padre Ralph de Bricassart (interpretado por Richard Chamberlain), que passa a vida no dilema de seguir na vida religiosa ou abandoná-la e viver plenamente seu amor por Maggie, que conhece desde criança, quando ela foi morar numa fazenda na Austrália de propriedade de sua tia Mary Carson, apaixonada por Ralph. Maggie, depois de crescida, acaba se casando com Luke O'Neill, Ralph segue em sua escalada rumo ao papado, e são infelizes.
Durante seu programa, Silvio Santos chamava a atenção dos telespectadores para a minissérie, que ia ao ar após a novela Roque Santeiro da Rede Globo. "Vejam Roque Santeiro, uma bela novela que também vejo, e logo depois, sintonizem no SBT para assistir Pássaros Feridos, uma minissérie espetacular", dizia. A Globo esticou os capítulos de Roque Santeiro, enquanto o SBT exibia desenhos até a novela acabasse. No ar após a novela, Pássaros Feridos alcançou uma média de 47 pontos, contra 27 da Globo.
"Pássaros Feridos" ganhou quatro Globos de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Mini-série/Filme para TV, Melhor Ator - Mini-série/Filme para TV (Richard Chamberlain), Melhor Ator Coadjuvante - Mini-série/Filme para TV/Série de TV (Richard Kiley) e Melhor Atriz Coadjuvante - Mini-série/Filme para TV/Série de TV (Barbara Stanwyck). Recebeu ainda outras quatro indicações, nas categorias de Melhor Atriz - Mini-série/Filme para TV (Rachel Ward), Melhor Ator Coadjuvante - Mini-série/Filme para TV/Série de TV (Bryan Brown) e Melhor Atriz Coadjuvante - Mini-série/Filme para TV/Série de TV (Jean Simmons e Piper Laurie).
Ganhou cinco prêmios no Emmy, nas seguintes categorias: Melhor Atriz (Barbara Stanwyck), Melhor Ator Coadjuvante (Richard Kiley), Melhor Atriz Coadjuvante (Jean Simmons), Melhor Maquiagem e Melhor Direção de Arte. Recebeu ainda outras cinco indicações, nas categorias Melhor Ator (Richard Chamberlain), Melhor Ator Coadjuvante (Bryan Brown e Christopher Plummer), Melhor Atriz Coadjuvante (Piper Laurie) e Melhor Figurino.
Em 1996, foi produzida uma outra minissérie chamada "Pássaros Feridos: Os Anos Ausentes", novamente com Chamberlain na pele do padre Ralph. Maggie agora foi interpretada pela atriz Amanda Donohoe.
A minissérie é famosa por suas diversas apresentações no SBT desde 1985, quando foi líder de audiência, desbancando a Rede Globo, que não quis comprá-la.

"Só pro meu prazer"

Gravada em 1987, era faixa do primeiro disco dos Heróis da Resistência, grupo formado por Leoni após deixar o Kid Abelha, lançado em 1987.

Só Pro Meu Prazer
Composição: Leoni/ Fabiana Kherlakian

Não fala nada
Deixa tudo assim por mim
Eu não me importo se nós não somos bem assim
É tudo real nas minhas mentiras
E assim não faz mal
E assim não me faz mal não

Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino
Eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
E eu te recriei só pro meu prazer
Só pro meu prazer

Não vem agora com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você não é nada que eu penso?
Também se não for não me faz mal
Não me faz mal não

Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino
Eu te conserto
Eu faço a cena que eu quiser
Eu tiro a roupa pra você
Minha maior ficção de amor
E eu te recriei só pro meu prazer
Só pro meu prazer...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Maximus

O Maximus foi o último dos veículos de controle remoto a ser fabricado pela fábrica de brinquedos Estrela. Seu lançamento se deu em setembro de 1986, e após ter saído de linha em 1991, foi relançado em 2005, devido a uma pesquisa no site da empresa, em que os fãs pediram em massa, que o brinquedo fosse relançado.

- O carrinho tinha a aparência de um carro buggy fora de estrada, com as rodas traseiras mais grossas do que as dianteiras. Apesar da aparência esquisita, o carrinho conseguia fazer a velocidade máxima de 25 km/h, superando o Pegasus - Controle Remoto.

- Como a Estrela tinha em linha de produção o Pegasus - Controle Remoto e o Colossus - Controle Remoto, foi necessário configurar uma nova freqüência para o Maximus, para que não houvesse interferência ao se brincar com tais modelos.

- As versões iniciais, a exemplo do Colossus - Controle Remoto, eram prata e vermelho. Funcionavam com 6 pilhas AA no carro e 1 bateria de 9V no controle remoto.

- A versão atual do Maximus é comercializada nas cores vermelha e verde, e conta com bateria recarregável para o carrinho, sendo necessário a bateria de 9V para o controle remoto.

- No Natal de 1986, em reportagem veiculada no Jornal Nacional, o brinquedo foi citado como "Um dos brinquedos mais caros deste Natal".

"Viva a Noite"

"Viva a Noite" foi um programa de auditório apresentado por Gugu Liberato no SBT durante a maior parte dos anos 80 e início dos anos 90.
Em 1982 Silvio Santos pediu que Nelly Raymond, uma importante diretora argentina, que criasse um programa para os sábados à noite. No ínicio o programa era dividido em várias partes e apresentando também por nomes como Ademar Dutra e Jair de Ogum. Depois de algumas mudanças de formato Gugu permaneceu sozinho no comando do programa, posteriormente dirigido por Homero Salles . Com quadros como Sonho Maluco, Rambo Brasileiro e Dança dos Passarinhos, o programa se tornou um grande sucesso e deu fama a seu apresentador. Com o "Viva a Noite", o SBT conquistou a liderança de audiência nas noites de sábado, na maior parte do tempo enfrentando o Supercine e o Perdidos na Noite. Muito do modelo original do Viva a Noite foi aproveitado no Domingo Legal.

Assista aqui a trechos do programa

Brasil x Peru, volei feminino


Hoje em dia as cubanas são as maiores advesárias da seleção brasileira feminina de voleibol. Mas até o começo dos anos 90, as peruanas eram a grande dor de cabeça da equipe brasileira. Brasil e Peru decidiram o Campeonato Sul-Americano por 21 vezes (16 seguidas).
Há equilibrio no confronto (11 a 10 para as peruanas), mas a grande rivalidade ficou acirrada nos anos 80, quando as peruanas ganharam quatro dos cinco sul-americanos disputados (1983, 1985, 1987 e 1989), todos sobre as brasileiras. Duas destas conquistas foram dentro do território brasileiro.
Medalha de prata nas Olímpiadas de 1988, o Peru tinha nos anos 80 o time mais forte de voleibol feminino do continente. Após a aposentadoria das grandes atletas que integravam aquela geração, tais como Natália Málaga, Rosa Garcia e Gabriela Perez, a equipe perdeu todavia boa parte de sua potência de jogo, e permanece nos dias de hoje sem condições efetivas de tomar parte satisfatoriamente em competições internacionais.

domingo, 25 de novembro de 2007

A queda do Muro de Berlim

O Muro de Berlim foi um símbolo da divisão da Alemanha em duas entidades estatais, a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental). Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: o capitalista encabeçado pelos Estados Unidos; e o socialista, constituído pelos simpatizantes do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.
Pesquisadores ainda não têm certeza sobre o número de suas vítimas. Até agora, 125 mortos foram confirmados, mas outros casos estão sendo investigados, a maioria dos históricos menciona que mais de 200 pessoas teriam sido mortas na tentativa de atravessá-lo.
O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, depois de 28 anos de existência, ato inicial da reunificação das duas Alemanhas, que formaram finalmente a República Federal da Alemanha, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.
Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. Houve uma grande celebração na Rua Kurfürstendamm, e pessoas que nunca se tinham visto antes cumprimentavam-se.
O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.

Assista aqui vídeo sobre a queda do muro

Eleições 1989

Era um momento esperado há muitos anos por todos os brasileiros. Finalmente o povo iria às urnas escolher através do voto direto, seu presidente. Talvez por conta da novidade, o país podia escolher entre 22 nomes. Vinte e dois!
Foi certamente uma das eleições mais divertidas da história. Vários políticos respeitados, alguns pouco conhecidos e muitas figuras. Musiquinhas inesquecíveis, debates editados decidindo o segundo turno, e a vitória de um presidente que cumpriu pouco mais da metade do seu mandato.
O Primeiro turno das eleições ocorreu em 15 de novembro de 1989.
Eis o resultado do primeiro turno:

1º - Fernando Collor de Mello (PRN/PSC/PT do B/PTR/PST) - 20.607.936 votos (30,57%)
2º - Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PSB/PC do B) - 11.619.816 votos (17,18%)
3º - Leonel Brizola (PDT) - 11.166.016 votos (16,51%)
4º - Mário Covas (PSDB) - 7.786.939 votos (11,51%)
5º - Paulo Salim Maluf (PDS) - 5.986.012 votos (8,85%)
6º - Guilherme Afif Domingos (PL / PDC) - 3.271.986 votos (4,83%)
7º - Ulysses Guimarães (PMDB) - 3.204.853 votos (4,74%)
8º - Roberto Freire (PCB) - 768.803 votos (1,13%)
9º - Aureliano Chaves (PFL) - 600.730 votos (0,88%)
10º - Ronaldo Caiado (PSD / PDN) - 488.872 votos (0,72%)
11º - Affonso Camargo Neto (PTB) - 379.262 votos (0,56%)
12º - Enéas Ferreira Carneiro (Prona) - 360.574 votos (0,53%)
13º - José Alcides Marronzinho de Oliveira (PSP) - 238.379 votos (0,35%)
14º - Paulo Gontijo (PP) - 198.708 votos (0,29%)
15º - Zamir José Teixeira (PCN) - 187.160 votos (0,27%)
16º - Lívia Maria de Abreu (PN) - 179.896 votos (0,26%)
17º - Eudes Oliveira Mattar (PLP) - 162.336 votos (0,24%)
18º - Fernando Gabeira (PV) - 125.785 votos (0,18%)
19º - Celso Teixeira Brant (PMN) - 109.894 votos (0,16 %)
20º - Antônio dos Santos Pedreira (PPB) - 86.100 votos (0,12%)
21º - Manuel de Oliveira Horta (PDC do B) - 83.280 votos (0,11%)
22º - Armando Correia da Silva (PMB) - 4.363 votos (0,01%)

Candidatura anulada:
Sílvio Santos (PMB)
O homem do baú estava louco pra ser presidente. E ganharia com o pé nas costas, caso sua candidatura não fosse impugnada pelo TSE. Pesquisas da época davam enorme vantagem de Sílvio contra Collor.

Segundo turno:
Às vésperas da eleição, a Rede Globo promoveu um debate final entre ambos os candidatos e, no dia seguinte, levou ao ar uma versão editada do programa em sua exibição no Jornal Nacional. Vários analistas sustentam que a edição foi favorável a Collor e teria influenciado o eleitorado (fato este admitido mais tarde por várias pessoas ligadas a Rede Globo, mostrado no documentário "Brasil: Muito além do Cidadão Kane"). A votação do segundo turno aconteceu em 17 de dezembro de 1989.

1º - Fernando Collor de Mello (PRN) 35.089.998 votos (53,04%)
2º - Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 31.076.364 votos (46,96%)

Curiosidades:
- O programa de Lula abria com a vinheta da “Rede Povo”, e contagiou gerações com o “Lula lá, brilha uma estrela”
- Leonel Brizola e seu inesquecível “lá lá lá lá lá brizoooola” e prometia rever a concessão da TV Globo
- Guilherme Afif Domingos : Seu slogan: “dois patinhos na lagoa, vote Afif 22”. Seu gesto na campanha: Com as mãos fechadas, colocava uma em cima da outra. Por fim, com a mão direita, apontava com o indicador e dizia: “juntos chegaremos lá”.
- Enéas Carneiro: Em sua primeira aparição ao mundo, o lendário Enéas dizia aos berros a que veio em menos de trinta segundos.
- Marronzinho: aparecia amordaçado, e um locutor avisava: "Cuidado, ele vai falar!" E quando falou... disse que iria "obrigar" a Petrobras a usar seu equipamento para procurar água no Nordeste. Seu lema: "Pobre vota em pobre". Depois, virou evangélico e mudou seu nome para Jamo Little Brown. Edita um jornal online e foi preso por "dizer algumas verdades" ao prefeito de Cotia (SP).
- Antônio Pedreira: Pedreira era dureza. Xingava o Collor, o Lula, o Brizola… Quase não tinha programa, de tanto direito de resposta que aparecia.
- Silvio Santos: Como as cédulas da votação já estavam impressas, em seu programa eleitoral, ensinava: "para votar no Silvio Santos devem marcar no meio da cédula, Correa, onde está o 26, Correa é Silvio Santos, marquem o 26 e estarão votando no Silvio Santos e fiquem certos: não se arrependerão"

Assista a uma coletânea com programas eleitorais de 1989, destaque para o programa de Silvio Santos, aqui.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Josimar

Josimar foi lateral-direito da Seleção Brasileira na Copa de 1986, no México. Começou a carreira no Botafogo. Viveu seu melhor momento na carreira em 86, quando foi convocado por Telê Santana para defender o Brasil. Na ocasião, Josimar foi beneficiado pela contusão de Édson Boaro e acabou sendo o titular no Mundial do México, competição na qual marcou dois belos gols com a camisa canarinho (um contra a Irlanda do Norte e outro contra a Polônia, clique sobre o nome do país para assistí-los).
Em 1989, após ajudar o Glorioso a ser campeão carioca, Josimar jogou por empréstimo no Flamengo, mas não vingou na Gávea. Depois também teve passagens apagadas pelo Internacional, em 1991, Sevilla (Espanha), ainda em 91, Novo Hamburgo (RS), em 1992, Bangu, Uberlândia (MG), futebol venezuelano, pelo Baré e ainda Rio das Ostras e Coelho da Rocha.
O que mais prejudicou a carreira de Josimar, que prometia ser um dos melhores laterais-direitos da história do futebol brasileiro, foi, infelizmente, seu envolvimento com as drogas e as más companhias. Hoje, pai de três filhos, um deles juvenil do Botafogo, o solteiro Josimar, além do trabalho social, freqüenta uma igreja evangélica e tenta apagar a má fama do passado.

"Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída"

Christiane Vera Felscherinow ainda não se livrou da guerra particular iniciada em 1975 contra as drogas. Hoje ela chegou a um estado que alguns médicos consideram "irreversível": sofre de hepatite tipo C e de graves problemas circulatórios. A senhora Felscherinow é, para o mundo, Christiane F., drogada e prostituída aos 13 anos. Seu drama de vício da heroína virou best seller e filme cultuado na década de 80.É raro encontrar pessoas que viveram sua adolescência nos anos 80 que não conheçam parte de sua história. A saga da garota alemã que se prostitui para sustentar o vício em heroína era leitura quase obrigatória para a chamada geração saúde.
Os jornalistas Kai Herman e Horst Rieck, da revista Stern, notaram a presença da garota durante uma reportagem e escreveram uma série de matérias na publicação. Foi a origem do livro que ganhou rapidamente uma versão cinematográfica, igualmente aclamada, lançado mundialmente em 1981, que encontrou certa dificuldade com a censura no Brasil, que ainda vivia sob o governo militar.
Hoje, Christiane é um retrato, ainda vivo, do poder destruidor das drogas. Apenas em dezembro de 2005, o serviço público de saúde alemão registrou duas internações da paciente, que há anos passa por inúmeros tratamentos de desintoxicação. Todos, invariavelmente, não a livraram do uso de heroína.A iminência de um "colapso circulatório com potencial risco às funções vitais" é descrita em pelo menos um relatório médico. Christiane tem de passar regularmente por sessões de hemodiálise. Mas além das agulhas e injeções hospitalares, ela sempre recorreu ao "pico" da heroína.Sem emprego fixo, Christiane sobrevive dos royalties das obras às quais empresta sua história. A vendagem de livros e a exibição do filme, porém, têm sido cada vez mais escassos. Sua situação financeira é limítrofe: vive com dois tios e o filho de 9 anos, Jan-Nicklas, num apartamento modesto em Berlim. É seu sétimo endereço em 15 anos.Desde que se tornou famosa ao ser "descoberta" por dois jornalistas alemães, que publicaram sua história, Christiane tentou reconstruir a vida, sem sucesso. Chegou a anunciar que estava "limpa", livre das drogas. Anos depois, admitiu que isso nunca ocorreu, a não ser por um período máximo de cinco meses.Convicta, ela sempre diz que não se considera uma vítima das drogas. Pelo contrário, garante que faz tudo de forma absolutamente consciente.O inferno de Christiane Vera Felscherinow começou em 1973, quando seus pais se divorciaram. Freqüentadora da discoteca Sound, conheceu Detlef, que se tornaria seu namorado.Viciado em heroína, Detlef introduz Christiane na "gangue do Zôo", grupo de jovens berlinenses que usavam drogas numa famosa estação de metrô da cidade alemã.No local, ela se prostituiu dos 13 aos 15 anos, necessitando de três "picos" (doses da droga) por dia na reta final. Dizia ser "seletiva", repelia os "nojentos", levava uma tarde inteira pra aceitar um cliente. Depois, mudou, aceitava o primeiro que aparecia, tinha relações dentro de carros.
O ex-namorado Detlef ainda está vivo, trabalha como motorista de ônibus em Berlim. Mora com sua esposa e dois filhos e garante que se livrou das drogas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Monstrinhos Creck

O fabricante dos biscoitos "Monstrinhos Creck" passava para a criança a idéia de que cada biscoito, antes de ser colocado na embalagem, era provado por monstros que deixavam a marca de sua mordida em todos os biscoitos. Era como se, antes de comermos a iguaria, esta já tivesse sido experimentada antes pelo monstrinho simpático da embalagem, e aprovada por ele. Ou seja: todos os biscoitos vinham "mordidos", e tinham até as marcas dos dentes dos supostos provadores. Além de ser uma delícia, era extremamente divertido saborear esse saudoso biscoito.
Existiam vários sabores do Monstrinho Creck, dentre os quais : chocolate, nata, coco e morango. Detalhe: cada sabor tinha seu próprio monstro - um diferente do outro.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Caverna do Dragão

Dungeons & Dragons Cartoon (promovida como Caverna do Dragão no Brasil) foi uma famosa série norte-americana de desenho animado produzida pela Marvel Comics em associação à Dungeons e Dragons Corporation. A série, inspirada no famoso jogo de RPG Dungeons & Dragons, possui 27 episódios, todos eles exibidos originalmente entre os anos de 1983 e 1986. O produtor do desenho foi Gary Gygax, um dos autores originais do jogo Dungeons & Dragons.

História
A abertura do primeiro ano da série mostra um grupo de jovens em um parque de diversões, embarcando em uma montanha russa chamada Dungeons & Dragons. Contudo, durante o passeio um portal se abre e draga o carrinho onde eles estavam para um outro mundo, no qual aparecem trajando outras roupas e recebendo logo em seguida armas mágicas de alguém que se apresenta como Mestre dos Magos (Dungeon Master, no original, termo também presente nos jogos de RPG que deram origem à série). A partir daí, os jovens passam por uma série de aventuras em busca de uma forma de voltar para casa, nas quais o Vingador, um mago maléfico, tenta a todo custo tomar as armas mágicas dos jovens.

Os personagens
Cada um dos 6 personagens principais receberam armas mágicas do Mestre dos Magos adquirindo classes de personagens de Dungeons & Dragons.
  • Hank (Ranger) recebeu um arco mágico, que quando usado cria uma flecha de energia que quando atiradas, tem o efeito que Hank deseja.

  • Eric (Cavaleiro) recebeu um poderoso escudo que protege contra raios mágicos de energia e golpes físicos.

  • Sheila (Ladra) recebeu um capuz que quando colocado na cabeça dá invisibilidade a ela.

  • Presto (Mago) recebeu um chapéu de feiticeiro do qual pode ser retirado objetos e magias aleatórias, o aperfeiçoamento do uso aumenta a probabilidade de obter um efeito desejado. Na maioria das vezes ocorre um efeito inesperado que por sorte ajuda nos problemas.

  • Diana (Acrobata) recebeu um bastão, usado em salto olímpico de altura, que a ajuda fazer acrobacia. Ela fazia acrobacia na Terra.

  • Bobby (Bárbaro) recebeu um tacape, um bastão de troglodita, cujo golpe é muito forte, capaz de quebrar pedras. Bobby é uma criança e irmão mais novo de Sheila.

Mestre dos Magos, um guia que os auxilia na sobrevivência naquele ambiente hostil; Wuni, uma filhote de unicórnio aparentemente órfã;

O Vingador, um ditador maléfico que tenta tomar as armas mágicas dos jovens;

O Demônio das Sombras, outro personagem recorrente, atua como aliado e comparsa do Vingador.

Tiamat é um terrível dragão de 5 cabeças mais poderoso que o Vingador e por isso é temido pelo Vingador

Em meados dos anos 90, circulou na internet um rumor de que o último episódio da série teria sido vetado por sua assombrosa revelação: na verdade, os personagens do desenho já estariam mortos desde o primeiro episódio, devido a um acidente no carrinho de montanha russa no qual embarcaram. Os meninos teriam sido mandados ao Inferno, sendo o Mestre dos Magos e o Vingador, as duas faces de um mesmo ser demoníaco, capaz de oferecer esperança e temor em um processo de crescente agonia psicológica. O boato ainda afirma que o dócil unicórnio Uni seria um agente espião, eventualmente responsável por impedir os meninos de regressar ao seu mundo.

Assista aqui a abertura original legendada

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A Fogueteira do Maracanã

No dia 3 de setembro de 1989, Brasil e Chile se enfrentaram num Maracanã lotado, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Itália, numa partida que acarretaria, em caso de vitória chilena, uma inédita eliminação da seleção brasileira. O ambiente antes do jogo era de apreensão. Um forte esquema policial foi montado para garantir a segurança da delegação do Chile, que esperava um clima de guerra no Maior do Mundo, visto o jogo era tratado como “de vida ou morte” para o Brasil.
Eis que, aos 24 minutos do segundo tempo, com o Brasil vencendo por 1 a 0, gol de Careca, a torcedora Rosenery Mello do Nascimento, de 24 anos, dispara um sinalizador usado em embarcações. A chama cai no gramado, muito próxima do goleiro chileno Roberto Rojas, que desaba no chão, simulando ter sido atingido.
A impressão de todos, tanto no estádio quando os que assistiam à partida pela tevê, era que Rojas havia, realmente, sido atingido, uma vez que os chilenos se retiraram do campo revoltados, com o goleiro sendo carregado completamente ensangüentado. O árbitro argentino Juan Lostau, então, encerrou a partida após aguardar a volta dos chilenos durante 20 minutos, o que não aconteceu.
Presa em flagrante, Rosenery passou algumas horas sendo a grande vilã do futebol brasileiro.
O gesto desastrado de Rosenery rendeu frutos. Somente para ela, que faturou uma boa grana ao posar nua e virar capa da revista masculina Playboy de novembro de 1989. O país corria risco de ser punido pela Fifa por causa do mau comportamento da torcida. Mas Rosenery foi rapidamente absolvida, após ter sido constatada a má-fé dos chilenos no incidente. Algumas imagens de tevê e fotos de jornais mostraram que o sinalizador não atingiu o goleiro, que manteve uma lâmina escondida dentro da luva e, assim que o sinalizador caiu no gramado, desabou e cortou o próprio supercílio com a lâmina, o que foi confirmado pelos exames de corpo de delito, que não encontraram vestígios de pólvora no ferimento.
Com a farsa chilena sendo desmascarada, o Brasil escapou da punição e Rosenery ganhou status de estrela. Chegou a ser homenageada no Chile anos mais tarde. Já os protagonistas da farsa foram severamente punidos. Rojas, o técnico Orlando Avarena, o médico Daniel Rodríguez e o dirigente Sergio Stoppel foram banidos do futebol pela Fifa. O capitão da equipe, Fernando Astengo, e a Federação Chilena foram suspensos por quatro anos. O Chile, então, não pode disputar as Eliminatórias para a Copa de 1994. Em 2001, Rojas foi anistiado pela Fifa e voltou a trabalhar com o futebol, passando a ser preparador de goleiros e, posteriormente, técnico do São Paulo.

Fonte: globoesporte.com

Veja o vídeo

Assista entrevista com Rosinery em 1997

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Kichute

Se você tem entre 30 e 35 anos e estava em idade escolar entre 1975 e 1982, certamente usou um Kichute. O calçado, que era a solução mais barata e inteligente para os pais na hora de escolher o que os meninos usariam na escola, caiu no ostracismo no final da década de 90, perdeu boa parte de seu público, mas nunca perdeu o charme.
O Kichute foi criado pela Alpargatas em 1970. A empresa queria um calçado para aproveitar a paixão futebolística que assolava o Brasil por conta do Bicampeonato Mundial de 1962. Em 15 de junho de 1970, durante a Copa do Mundo do México o Kichute foi lançado e não poderia ter sido em melhor hora. A seleção brasileira de futebol jogava por música e o Kichute vendia como água. O calçado, a princípio criado para atender as classes C e D, era barato e muito, mas muito resistente. Além da praticidade, o Kichute era feito de lona e tinha cravos que imitavam uma chuteira de verdade.
A partir daí o Kichute passaria a estar intimamente ligado ao futebol, para sua alegria e posterior desgraça. O empresário Ricardo Trancoso, hoje dono de uma loja de material esportivo em Campos, foi um dos que usaram o Kichute na infância, mas hoje afirma que o bom e velho calçado não teria vez perto dos tênis esportivos que dão muito mais conforto para o usuário. "As marcas estão muito modernas e ninguém quer usar um Kichute, além de ser desconfortável perto dos calçados de hoje não tem o mesmo apelo que as novas marcas têm, o conceito de durabilidade que o calçado oferecia hoje não faz mais sentido", conta.
Foi justamente uma concorrência desleal que derrubou as vendas do Kichute e o transformou em peça de museu. Por estar diretamente ligado ao futebol, os pais preferiam comprar um calçado que pudesse durar, já que na hora do recreio a brincadeira predileta era chutar de bola de couro a latas de leite, o negocio era chutar alguma coisa. O problema é que com as derrotas da Seleção Brasileira de Futebol em 1982, 1986 e 1990, a história de chutar alguma coisa foi ficando sem graça e as vendas do Kichute caíram com o futebol do Brasil.
O calçado que chegou a vender em 1978, quase 98 milhões de pares, o que dá a impressionante marca de 10% da população do Brasil na época, não vendeu nem 10 milhões de pares em todo o país. Quando o Brasil voltou a ganhar uma Copa do Mundo os tênis esportivos já haviam escrito o epitáfio do Kichute. "A performance dos esportivos é muito melhor do que a do Kichute e para quem usava o calçado o dia inteiro era meio desconfortável, alem de causar um chulé insuportável", conta o segurança Cléber Aguiar que pediu o calçado aos seus pais, pois era o que havia de mais parecido com a chuteira de um jogador de futebol.
Hoje o Kichute não vende 200 mil pares por ano e a Alpargatas, embora tenha planos de relançar a marca, ainda não o fez. Com uma campanha de mídia perto do zero nenhuma loja de calçados se interessou pelo Kichute. "Eu acho arriscado, pois o Kichute, perto dos calçados de hoje, não funcionaria, eu não o colocaria à venda, a menos que o modelo fosse atualizado, a marca é muito forte, mas o modelo está ultrapassado", ponderou Trancoso.
Resgate - Em 2002 o estilista Alexandre Herchcovitch colocou seus modelos desfilando com Kichutes no São Paulo Fashion Week daquele ano. Segundo Herchcovitch, O Kichute foi revisitado e apareceu "moderninho", com estampas e tecidos da própria grife. Foi o último suspiro do Kichute e a sua última aparição em público. Se hoje os pais gastam um tênis a cada semestre, para os filhos que querem ser iguais ao Ronaldinho Gaúcho, só resta lamentar a falta que um Kichute faz.


O kichute e seus laços

Com certeza um dos maiores charmes do Kichute era a forma de se amarrar o cadarço. Nada dos nós mirabolantes que hoje estampam os All Stars, as formas de se amarrar o Kichute eram mais simples. Ou se amarrava o Kichute por baixo, com os cadarços passando por baixo do tênis ou amarravam os cadarços na canela. Conta a lenda que quem amarrava o cadarço por baixo eram os meninos que jogavam bola. E quem amarrava na canela não era muito bom com a bola nos pés. Como o Kichute possuía cravos de borracha maciça, altos, que imitavam os cravos de uma chuteira, passar o cadarço por baixo do calçado não trazia problema algum.
Para matar as saudades do Kichute, acesse o site http://www.kichute.com.br/ , mantido pela Alpargatas traz todas as informações sobre a marca, e até maneiras diferentes de se amarrar o cadarço.



Assista aqui o comercial do Kichute

sábado, 11 de agosto de 2007

Paquitas

As Paquitas foram as ajudantes de palco da apresentadora Xuxa Meneghel, e a acompanharam durante as gravações e apresentações por todo o Brasil e também no exterior.A primeira ajudante de Xuxa foi Andrea Veiga, em 1984, que ganhou o apelido de Paquita. Mas, uma menina não era o suficiente para tanta criança, então foi escolhida em 1985 uma outra adolescente, Andréia Faria, apelidada de Xiquita Sorvetão.Quando Xuxa foi para Rede Globo em 1986, o palco e o espaço eram maiores, por isso seriam necessárias mais ajudantes, sendo contratadas Louise Wischermann (Pituxa Alemã) e Ana Paula Guimarães (Catuxa). Em 1987 entram Roberta Cipriani (Xiquitita Surfista), Priscilla Couto (Catuxita Top Model), Anna Paula de Almeida (Pituxita Bonequinha) e Tatiana Maranhão (Paquitita Loura). Em 1988 sai do grupo Andrea Veiga. Em 1989 sairam Ana Paula Guimarães e Louise Wischermann e, no mesmo ano, entram Cátia Paganote (Miúxa Bruxa) e Letícia Spiller (Pituxa Pastel). Como o grupo precisava de um nome, acabou sendo batizado de "Paquitas", apelido da primeira paquita, Andrea Veiga.Também em 1989 elas lançam seu primeiro álbum, conquistando o disco de platina triplo pela vendagem de 800 mil cópias. Depois de muitas trocas e gerações, em julho de 2002, o grupo foi extinto. As duas primeiras gerações foram as mais famosas.

1ª Geração
Ana Paula Guimarães
Anna Paula de Almeida
Andrea Veiga
Andréia Faria
Louise Wischermann

2ª Geração
Ana Paula Guimarães
Anna Paula de Almeida
Andréia Faria
Bianca Rinaldi
Cátia Paganotte
Flávia Fernandes
Juliana Baroni
Letícia Spiller
Priscilla Couto
Roberta Cipriani
Tatiana Maranhão

Relembre aqui o sucesso das Paquitas

FADA MADRINHA

É tão bom,bom,bom,bom
Quem quer pão,pão,pão,pão
Bom estar contigo na televisão
É tão bom,bom,bom,bom
Quem quer pão,pão,pão, pão
Bom estar contigo no meu coração

A gente já pulou, brincou
Ficamos juntos dia-a-dia
A gente se multiplicou
E dividimos alegria

A gente sabe que viver
É muito mais que uma aventura
A gente sabe que vencer
É pra quem sonha e quem procura

A gente brinca de esconder
Nem sempre a gente faz de conta
Um dia a gente vai crescer
E o mundo a gente toma conta

A gente quer o azul do céu
E o sol brilhando com certeza
A gente quer da vida um mel
Tão puro feito a natureza

Saiba como estão as Paquitas

Acidente com césio 137 em Goiânia

Publico na íntegra esta belíssima matéria do programa Linha Direta Justiça de 09/08/2007, para saber mais acesse os links ao final do texto:

A cidade de Goiânia (GO) foi palco do maior acidente radioativo em área urbana do mundo. No dia 13 de setembro de 1987, os catadores de papel Wagner Mota Pereira e Roberto Santos Alves encontraram um aparelho usado para o tratamento de câncer abandonado nos escombros de uma clínica de radioterapia desativada. O que eles não sabiam é que dentro da peça tinha uma cápsula de césio 137 com 100g de material altamente radioativo. Como a peça era composta de chumbo e metal, os dois ficaram empolgados com o valor que poderiam receber pela venda do equipamento. Eles tentaram quebrá-la ali mesmo, mas não conseguiram. Mas separaram o aparelho em duas partes. Pegaram a parte menor, juntamente com a cápsula de Césio que era acoplada na extremidade da peça, e a transportaram em um carrinho de mão para a casa de Roberto. Eles tentaram abrir a peça à marretadas, mas só conseguiram desobstruir um pequeno orifício, que era vedado por um material menos resistente. Os dois amigos começaram a passar mal e não sabiam o motivo de estarem doentes. Cinco dias depois, eles resolveram vender a peça para o ferro-velho de Devair Ferreira. Dois empregados do ferro-velho conseguiram desmontar a peça e deixaram os pedaços em uma prateleira. À noite, Devair descobriu que a peça tinha um pó que emitia um brilho azul no escuro. Ele ficou fascinado pela descoberta e resolveu mostrar o pó brilhante para a mulher, Maria Gabriela. Daí em diante, a peça e o pó – nada mais do que fragmentos do césio 137 – passou a circular entre os parentes e amigos de Devair, que, hipnotizados pelo brilho azul da morte, não faziam idéia do perigo que o material representava. Uma das pessoas que teve contato com o césio foi a menina Leide das Neves Ferreira, de seis anos, sobrinha de Devair, que chegou a ingerir . Preocupada com os problemas de saúde que sua família começou apresentar, Maria Gabriela decidiu levar a cápsula do césio para a Vigilância Sanitária. Quando o alarme de contaminação foi dado já era tarde demais. A radiação já tinha se espalhado para centenas de pessoas. A tragédia repercutiu no Brasil e internacionalmente. Nessa época, o mundo ainda se recuperava do desastre causado por um vazamento na usina nuclear de Chernobyl, na antiga União Soviética, ocorrido um ano antes. No início de outubro de 1987, os pacientes mais graves forma transferidos para o Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. Entre eles, estavam Devair, Maria Gabriela e Leide. Maria Gabriela e a sobrinha Leide não resistiram aos efeitos da radioatividade e morreram. Ivo, pai de Leide, também morreu. Devair recebeu alta do hospital e morreu sete anos depois. Os dois empregados do ferro-velho de Devair também morreram. Oficialmente, o acidente com o césio deixou 675 pessoas contaminadas e quatro vítimas fatais. Mas nós últimos 20 anos, 59 pessoas morreram por causa de doenças desenvolvidas a partir da contaminação. Até hoje, existem mais de 170 pedidos de indenização na Justiça e muitas pessoas ainda sofrem com doenças geradas pelo contato com o material. Em Goiânia, as vítimas do césio se reuniram em uma associação e reivindicam um atendimento médico mais digno do governo e lutam pelo fim do preconceito.

Leia mais
Assista ao programa aqui (somente para usuários globo.com)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

"Curtindo a vida adoidado"


Comédia americana de 1986, dirigido por John Hughes, que conta as aventuras de Ferris Bueller. Um marco do cinema dos anos 80. Assista aqui Ferris em Nova Iorque ao som de "Twist and shout".




Sinopse

No último semestre do curso do colégio, estudante Ferris Bueller (Matthew Broderick) sente um incontrolável desejo de matar a aula e planeja um grande programa na cidade com a namorada (Mia Sara), seu melhor amigo (Alan Ruck) e uma Ferrari. Só que para poder realizar seu desejo ele precisa escapar do diretor (Jeffrey Jones) do colégio e de sua própria irmã (Jennifer Grey).

Elenco

Matthew Broderick, Alan Ruck, Mia Sara, Jeffrey Jones, Jennifer Grey, Cindy Pickett, Lyman Ward, Edie McClurg, Charlie Sheen, Ben Stein, Del Close, Virginia Capers, Richard Edson, Larry Flash Jenkins, Kristy Swanson

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

RPM

Formado por Paulo Ricardo (voz e baixo), Fernando Deluqui (guitarra), Luiz Schiavon (teclados) e Paulo Pagni (bateria) na cidade de São Paulo em 1983, o RPM foi um dos grupos mais bem sucedidos da história da música brasileira. Na segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes de vendagens da industria fonográfica brasileira. Seus criadores tinham um forte embasamento cultural e musical, o que foi fator determinante no tiro certo para o sucesso.
O primeiro LP, "Revoluções por minuto", fez sucesso e chegou a vender 600 mil cópias. Impressionado com o potencial do grupo, o empresário Manoel Poladian passou a produzi-lo e chamou Ney Matogrosso para dirigir o novo espetáculo do grupo. A excursão do show "Rádio Pirata" começou em setembro de 1985 e só foi encerrada em dezembro do ano seguinte, com o espantoso número de 270 espetáculos e assistência estimada em dois milhões de pessoas. Devido ao sucesso da excursão, o show acabou sendo transformado no disco "Rádio pirata ao vivo", que, lançado em 1986, vendeu a cifra astronômica de mais de dois milhões de cópias, tornando o RPM o maior sucesso comercial do rock nacional.
O disco seguinte, "Quatro Coiotes", foi o último antes da banda se desfazer. Paulo Ricardo seguiu carreira solo, na linha de baladas românticas.
Retornaram em 2002, para a gravaççao do disco MTV RPM Ao Vivo, e em 2003, voltaram a se separar.

Discografia:

1985 - Revoluções por minuto
1986 - Rádio pirata Ao vivo
1988 - RPM (Quatro Coiotes)
2002 - MTV RPM Ao Vivo

terça-feira, 31 de julho de 2007

Oscar e Cia.

O choro de Oscar e Marcel, a cara de incredulidade do pivô David Robinson, futuro astro da NBA, e a perplexidade dos 16.408 torcedores que lotavam o Market Square Arena, retratam a dimensão da façanha do Brasil na final do torneio de basquete dos Jogos Pan-americanos de Indianápolis, em 1987. O Brasil, nesse jogo, acabou com a invencibilidade do time norte-americano, que era de trinta e quatro partidas oficiais sem derrota.
Apesar do basquete masculino do Brasil ter medalhas olímpicas e títulos mundiais, a conquista do dia 23 de agosto de 1987 é a mais marcante.
Contrastando com este ambiente de desolação, os jogadores do Brasil não continham a alegria pelo resultado. Deitado no chão, Oscar chorava e os companheiros se uniam em abraços e lágrimas.
Na vitória, os brasileiros deram prova de determinação, revertendo uma situação de jogo que parecia perdida. A equipe foi para o intervalo do primeiro tempo, perdendo por 14 pontos. Em poucos minutos, esta diferença subiu para 22 pontos e foi aí que a história começou a mudar.
No comando desta reação, uma das duplas mais eficientes das quadras brasileiras: o armador Marcel e o ala Oscar, responsáveis por 77 pontos do Brasil.
Final: Brasil 120 x 115 Estados Unidos, a primeira derrota americana em jogos oficiais realizados em casa, e até hoje, aquele time brasileiro foi o único a fazer mais de cem pontos nos inventores do basquete.
Aos integrantes da seleção dos Estados Unidos restou conformar-se com o resultado e seguir seu caminho, que levou vários deles à NBA – David Robinson (San Antonio Spurs), Pevis Ellison (Boston Celtics), Williw Anderson (Miami Heat), Dean Garret (Minnesota Timberwolves) e Danny Manning e Rex Chapman (Phoenix Suns).

CAMPANHA DO BRASIL NO PAN DE 87
1ª Fase:
Brasil 110 x 79 Uruguai;
Brasil 100 x 99 Porto Rico;
Brasil 103 x 98 Ilhas Virgens;
Brasil 88 x 91 Canadá.

Quartas-de-final:
Brasil 131 x 84 Venezuela

Semifinal:
Brasil 137 x 116 México

Final:
Brasil 120 x 115 Estados Unidos

Todos os campeões: André, Gerson, Israel, Pipoka, Guerrinha, Marcel, Maury, Oscar, Paulinho Villas Boas, Cadum, Rolando e Sílvio.
Técnico: Ari Vidal

Veja matéria sobre o jogo
Assista depoimento de Oscar

terça-feira, 24 de julho de 2007

Genius

Foi o primeiro jogo eletrônico trazido para o Brasil, no fim da década de 70, mas só virou moda mesmo nos anos 80, lançado pela Estrela. Ele não exigia nenhum raciocínio lógico, apenas memória e um pouco de reflexo.
O chip presente na estrutura do brinquedo possuía capacidade de memória e resposta, sendo o responsável direto pela interatividade da brincadeira.
O equipamento, uma espécie de disco dividido em quatro gomos coloridos, emitia uma seqüência de sons e cores que os participantes deveriam repetir.
À medida que o jogo ia se desenrolando, aumentava o número de cores que deveriam ser repetidas, desenvolvendo a memória dos jogadores. O Genius possuía três fases distintas, cuja diferença era marcada pela velocidade com que as cores eram alteradas.

‘Bonita camisa Fernandinho’

A frase ‘Bonita camisa Fernandinho’ ficou muito famosa. Era o comercial da UsTop, que entrou no ar em 1984. A frase era dita pelo chefe para o personagem. Os funcionários puxa-sacos respondiam ‘a do senhor também é linda!’. O personagem aliás era Dany Roland, baterista da banda Metrô (sucessos de ‘Tudo pode mudar’ e ‘Beat acelerado’). Assista aqui.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sergey Bubka

Nunca na história do salto com vara alguém teve tanta notoriedade quanto o ucraniano Sergey Bubka. Ele conseguiu nada menos que seis títulos do salto com vara em Mundiais e 35 recordes mundiais (17 deles ao ar livre, alcançando 6,14m, e 18 em pista coberta, chegando a 6,15m). Chamado de "Senhor Centímetro" por superar marcas aumentando um centímetro a cada tentativa, o que lhe valia milhares de dólares, Bubka disse que já havia chegado a 6,20m em treinamento. Em 44 vezes saltou mais de seis metros. Bubka se aposentou em 2001 deixando o recorde mundial de 6,14m a ser batido, conquistado em 31 de julho de 1994, na Itália.

Confira alguns feitos da carreira de Sergei Bubka:

1983 - Ganha o Mundial de Helsink aos 19 anos
1984 - Quebra o recorde mundial pela primeira vez, saltando 5,85 m
1985 - Torna-se o primeiro homem a ultrapassar a marca dos 6 m
1988 - Conquista a sua única medalha olímpica, ouro em Seul
1994 - Quebra pela 35ª vez o recorde mundial, saltando 6,14 m
1995 - Quebra o recorde mundial indoor, saltando 6,15 m
2001 - Abandona o atletismo aos 37 anos

Armação Ilimitada

Armação ilimitada foi um seriado voltado para o público adolescente da Rede Globo exibido de 17 de maio de 1985 a 8 de dezembro de 1988, e que misturava aventura e esportes além de outros temas típicos da Zona Sul carioca.
Juba e Lula são dois surfistas, amantes também de outros esportes, como vôo livre, caça submarina e motocross. A profissão da dupla é uma versão moderna do famoso "viver de bicos": armações em geral. Eles tem uma empresa de prestação de serviços, a Armação Ilimitada. Com ela, realizam trabalhos em terra, céu e mar.
Os dois dividem um apartamento com Zelda Scott, uma jornalista que tem como melhor amiga a gordinha Ronalda Cristina, e um neurótico como chefe, o editor do jornal Correio do Crepúsculo, que encarrega Zelda das mais mirabolantes reportagens. Zelda Scott, filha de exilados políticos e tiete de Simone de Beauvoir, namora Juba e Lula ao mesmo tempo. Os rapazes são apaixonados por ela, que não consegue decidir com qual deles prefere ficar. Para completar, chega ao apartamento o garoto Bacana, um menino órfão que passa a viver com eles. Bacana é o secretário da firma de armações dos surfistas e "a pessoa mais coerente" lá dentro.
Juntos eles formam uma pequena família e se metem em uma série de confusões, lutando para resolver seus problemas financeiros e de relacionamento.

Elenco:
KADU MOLITERNO - Juba
ANDRÉ DE BIASI - Lula
ANDRÉA BELTRÃO - Zelda Scott
JONAS TORRES - Bacana
CATARINA ABDALLA - Ronalda Cristina
FRANCISCO MILANI - Chefe
NARA GIL - Black Boy

Fonte:http://www.infancia80.com.br

domingo, 22 de julho de 2007

Top Gun


Filme americano de 1986, com Tom Cruise, Kelly McGillis, Val Kilmer, Tim Robbins, Anthony Edwards, Michael Ironside, Rick Rosovich e Meg Ryan, dirigido por Tony Scott.

SINOPSE:

Pete Mitchell (Tom Cruise), jovem piloto da aeronáutica norte-americana se aventura nos ares e no amor. Mas ainda que ele tente ser um exemplo de piloto, ele vive um grande trauma: seu falecido pai foi considerado o melhor de todos e, portanto, a cobrança e reponsabilidade são ainda maiores em relação a si mesmo. Se envolve com Charlotte Blackwood (Kelly McGillis), uma bela mulher, e enfrenta um competidor à sua altura (Val Kilmer).


PRÊMIOS

  • Oscar de Melhor Canção Original

  • Globo de Ouro de Melhor Canção Original ("Take my breath away").

Assista ao trailer

Patrulha noturna

Essa é do primeiro disco dos Paralamas, "Cinema Mudo", de 1983.

PATRULHA NOTURNA
(Herbert Vianna)

Desce daí garoto
Senão atiro em você
Porque `cê não mostra que é homem
Porque `cê não tenta correr
Qual é seu guarda?
Que papo careta
Só tô tirando chinfra
Com a minha lambreta
Tá bem seu guarda, eu me rendo
Eu reconheço que sou marginal
Eu colo nas provas da escola
Eu gosto de ver nu frontal
Qual é seu guarda
Que papo careta
Só tô tirando chinfra
Com a minha lambreta
Polícia é fogo, meu chapa
Combate o crime de verdade
Prende os garotos de moto
Para moralizar a cidade

BR-800


Veículo urbano lançado em 1987, considerado o primeiro automóvel inteiramente nacional. De concepção avançada, era muito leve e compacto. Lançado ao público em versão definitiva no Salão do Automóvel de 1988, teve produção iniciada em 1989. Seu fascinante motor, denominado Gurgel Enertron, muito limpo (sem correias) e econômico (fazia até 25 km/l de gasolina), chegou a receber um prêmio inédito na Europa. Foi fabricado até 1991, quando deu lugar ao Supermini. Foi o primeiro veículo da Gurgel Motores totalmente construído pela própria fábrica.
Foi um carro polêmico, do início de seu projeto ao final da fabricação. Originalmente fora batizado de Gurgel Cena, mas a família de Ayrton Senna se manifestou contrária. Deixou de ser fabricado também em meio a muita discussão, o que remete ao seu lançamento.
Quando começou a ser produzido em série, durante o Governo Sarney, o pequeno automóvel foi agraciado com benefício fiscal sobre o IPI, tendo sido o verdadeiro pioneiro no segmento do "carro popular", hoje dominado por modelos de mil cilindradas de diversos fabricantes estrangeiros.
O benefício concedido à Gurgel, em prol da indústria nacional, foi duramente atacado pela concorrência estrangeira. Entretanto, o sistema de vendas inicialmente praticado, de comercialização do carro junto com lotes de ações da Gurgel, elevou seu preço evitando a concorrência direta com os modelos econômicos de Volkswagen e Fiat.
Em 1990 o BR-800 começou a ser comercializado normalmente, e foi então que veio o golpe: sob pressão das grandes montadoras, a administração Collor estendeu às demais montadoras o benefício sobre o IPI.
A carga tributária igual, aliada a uma política de preços agressiva, fez desabar as vendas do modelo brasileiro. Logo a Gurgel substituía o modelo pelo Supermíni, maior e de desenho mais convencional, para tentar recuperar o terreno perdido.
O que era para ser uma alavanca ao desenvolvimento da indústria nacional, foi o que eventualmente a levou a fechar as portas.


Fonte: wikipedia.org

Micha, a mais popular mascote olímpico

Micha, o ursinho símbolo dos Jogos de Moscou, tornou-se a mais popular mascote olímpico da história. Sua imagem derramando uma lágrima na cerimônia de encerramento do evento, formada por placas movimentadas por participantes nas arquibancadas do estádio, é uma das mais ternas e emocionantes imagens destes Jogos. (veja aqui)
Micha foi criado pelo ilustrador soviético Victor Tchizikov, famoso por seus desenhos para livros infantis. Consta que Tchizikov levou seis meses para desenhá-lo, entre centenas de variações, e acabou finalizando o ursinho em dezembro de 1977.
Curiosamente, o fato de a União Soviética ser um país de regime socialista não incentivou a exploração comercial do ursinho Micha em produtos de merchandising da Olimpíada, como é comum com outros mascotes. Na loja de recordações do Museu Olímpico em Lausanne (Suíça), não há absolutamente nenhum produto com o mascote de 1980.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Micha

Lambada


No final dos anos 80, surgiu um novo ritmo muito sensual: a lambada. Um jovem diretor de cinema, Olivier Lorsac, e o jornalista Rémi Kolpa Kopoul, no início dos anos 80, investiram muito dinheiro para adquirir os direitos autorais de mais de quatrocentas composições, quase todas brasileiras. Porém, a música que gerou muitos problemas e proporcionou vantagens não era brasileira e, sim, a composta pelos irmãos bolivianos Ulises e Gonzalo Hermosa. Com um sensível instinto comercial, Lorsac e Kolpa, fizeram com que a música dos bolivianos fosse brasileira, da Bahia, berço de ritmos variados. A música "Llorando de fue" teve sua letra e melodia modificada para adequar-se ao mercado europeu. Para estilizar a dança, criou-se cuidadosamente um grupo multirracial que, com o nome de Kaoma, fez explodir a lambada no verão europeu de 1989: "Llorando se fuel" era um sucesso total, ocupou o primeiro lugar na lista dos CDs mais vendidos em quinze países simultaneamente. Quanto ao desenvolvimento da lambada, o que parece é que tratava-se de uma maneira de dançar pouco conhecida, mas já existente na América do Sul. A partir desta maneira de dançar, os irmãos Hermosa "criaram" a sua música e Lorsac e Kolpa tiveram suficiente tino comercial para transformá-la em um grande êxito. O Kaoma foi um grupo musical franco-brasileiro, formado por Loalwa Braz (vocalista, brasileira) Chico (baixista, nascido na Martinica) Jacky (guitarrista, guadalupenho) Jean-Claude (tecladista) Michel (bateria e percussão) e Fania (flautista).

CHORANDO SE FOI

Chorando se foi
Quem um dia só me fez chorar
Chorando se foi
Quem um dia só me fez chorar
Chorando estará ao lembrar de um amor
Que um dia não soube cuidar
Chorando estará ao lembrar de um amor
Que um dia não soube cuidar

A recordação vai estar com ele aonde for
A recordação vai estar pra sempre aonde for
Dança, sol e mar, guardarei no olhar
O amor vais perder encontrar
Lambando estarei
Ao lembrar que este amor
Por um dia, um instante foi rei

A recordação vai estar com ele aonde for
A recordação vai estar pra sempre aonde for
Chorando estará ao lembrar de um amor
Que um dia não soube cuidar
Canção, riso e dor melodia do amor
Um momento que fica no ar

Veja o clipe

Cubo mágico


O Cubo de Rubik, nasceu em Budapest, capital da Hungria. Seu idealizador e criador foi Erno Rubik, professor de design de interiores da Academia de artes e trabalhos manuais de Budapest.
Em 1974 o primeiro protótipo foi desenvolvido. Erno Rubik inspirou-se em quebra-cabeças já conhecidos, como o Tangram. No início a idéia parecia impossível criar um mecanismo para sustentar os cubos devido à grande quantidade de movimentos possíveis, mas Rubik acabou encontrando a solução enquanto observava despreocupado o curso do Rio Danubio numa tarde de domingo.
Em 1978 o cubo começava a ser produzido sem incentivos. Mesmo sendo inicialmente rejeitado, um ano depois, atingira uma publicidade tal que se podia ver pessoas entretidas com seus cubos nos trens, restaurantes, etc.
Sua explosão de popularidade iniciou-se em 1980, quando o cubo passou a ser um brinquedo internacional. Mesmo saindo da Hungria aos milhões por ano, a demanda não era contida, surpreendendo os industriais. Em 1981 a demanda cresceu exponencialmente. Foram criados centros de produção na China, em Hong Kong, no Brasil, entre outros.
O desejo de ver as seis faces do cubo organizadas atingia todas as idades e profissões. Foram lançados mais de 60 livros para ajudar tais pessoas. Nenhum outro quebra-cabeças teve tantos adeptos, o que o torna um brinquedo genial.
Em 1985 os direitos autorais sobre o cubo foram comprados por Seven Towns, que reintroduziu-o no mercado, obtendo muito sucesso. Atualmente Erno Rubik e Seven Towns trabalham próximos. Rubik está engajado a descobrir novos quebra-cabeças e continua sendo o principal beneficiado com sua invenção.
O Cubo de Rubik é um cubo geralmente confeccionado em plástico e possui várias versões, sendo a versão 3x3x3 a mais conhecida, composta por 54 faces e 6 cores diferentes, com aresta de aproximadamente 5,5 cm. Outras versões menos conhecidas são a 2x2x2, 4x4x4 e a 5x5x5.
É considerado um dos brinquedos mais populares do mundo, atingindo um total de 300 milhões de unidades vendidas, bem como suas diferentes imitações!
Fonte:http://www.rico.eti.br/rubik.html aproveite e veja o tutorial com textos, imagens e animações que ensinam uma solução simples para o Cubo Mágico de Rubik

Nelson Piquet


Toda vez que esbarrava com Nigel Mansell a caminho dos boxes, Piquet caprichava no sorriso e cumprimentava o piloto inglês com uma calorosa frase:
- Oi, panaca!
Mansell, ingenuamente, retribuía a saudação com o melhor de seus sorrisos. Até que um dia o inglês perguntou aos jornalistas brasileiros que cobrem a Formula 1 o que significava "panaca". Quando descobriu, foi tomar satisfações com o bon vivant brasileiro que, como não poderia deixar de ser, riu à beça durante toda a discussão.
Conforme atestado pela foto acima, essa não foi a primeira nem a última vez que Mansell penou com as traquinagens desta figuraça chamada Nelson Piquet Souto Maior. Outro "causo" entre os dois: na noite anterior aos treinos de qualificação para o GP México de 1986, Nigel abusou da comida mexicana. Consequentemente, foi acometido de uma violenta crise de caganeira que o obrigava a ir diversas vezes ao banheiro entre uma e outra volta. Piquet, que só espiava as idas e vindas do inglês com o rabo do olho, foi sorrateiramente até o banheiro usado por Mansell e surrupiou o rolo de papel higiênico. Não convém dizer em que estado o inglês ficou quando percebeu o furto tarde demais...
Não é difícil compreender porque os feitos de Piquet, piloto que em 204 GPs disputados venceu 23 corridas e conquistou 3 títulos mundiais (em 1981, 1983 e 1987), foram eclipsados pelo fenômeno Ayrton Senna. Enquanto Senna esmerava-se em ser um exemplo de profissional dedicado, temente a Deus e atencioso com jornalistas e patrocinadores, Piquet nunca se preocupou em refrear sua língua viperina ou pensar duas vezes antes de tomar atitudes como a do antológico episódio retratado na foto ao lado. À guisa de explicação: o piloto brasileiro liderava o GP Alemanha de 1982 quando um retardatário, o chileno Eliseo Salazar (que bateu em 7 das 24 corridas que disputou em toda a sua carreira), atingiu sua Brabham por trás, tirando ambos da pista (veja vídeo). Indignado, Piquet desceu do carro e agrediu Salazar com chutes, socos e empurrões.
Mas nada supera a repercussão obtida por suas bombásticas declarações. Por exemplo, sobre Ayrton Senna: "O negócio dele é garotões. Eu nunca o vi com mulher". A respeito de Alain Prost, vaticinou: "Não entendo porque apelidaram o Prost de Professor, se ele foi o cara que mais fez cagada na F-1". Sobre a Formula Indy, detonou seu regulamento que prevê a interrupção das corridas com bandeira amarela e entrada de um safety car na pista a cada situação de perigo com esta pérola: "O cara roda, é bandeira amarela. Passarinho cagou na pista, é bandeira amarela". Em outra ocasião, questionado sobre a existência de pilotos homossexuais na F-1, não relutou em dizer: "Se tiver eu como!". Pouco antes de disputar o último GP da temporada de 1983, no qual conquistaria seu segundo título, afirmou: "Se vencer o campeonato vai ser sensacional. Se não vencer também está bom. Pelo menos não vou ter que enfrentar aquele monte de jornalistas que cercam um campeão mundial".
E no entanto, a declaração que melhor exemplifica as diferenças entre os dois tricampeões brasileiros de Fórmula 1 talvez seja esta: "Bom é viver um dia depois do outro. Isso basta como troféu. Ganhar não é tão importante." Ao contrário de Senna ou de Michael Schumacher (o chucrute voador), Piquet jamais nutriu obsessão pela conquista de recordes, preferindo gastar seus milhões angariados na F-1 com iates e mulheres, feito o Pica-Pau naquele episódio clássico. Sua fama de enfant terrible, conjugada com a morte precoce de Senna, explicam o porquê do ex-piloto da Brabham ter sido relativamente esquecido pela mídia. Contudo, quem assistiu a suas corridas e viu performances como sua inolvidável ultrapassagem sobre Ayrton no circuito de Hungaroring em 1986 (se não viu, clique aqui) sabe que Nelson Piquet é um dos maiores pilotos de todos os tempos, comparável apenas aos grandes como Fangio, Clark, Stewart e Fittipaldi, e lamenta até hoje o acidente durante os treinos para as 500 Milhas de Indianópolis de 1992 que encerrou sua carreira (veja vídeo).
Fonte: http://www.gardenal.org

As frases polêmicas de Nelson Piquet


A carreira do tricampeão Nelson Piquet foi marcada por muitas curiosidades dentro e fora das pistas. No período em que esteve na Fórmula 1, entre 1978 a 1991, o brasileiro fez muitos amigos, mas também deixou muita gente furiosa. O motivo para as desavenças era a língua solta de Piquet, que não escondia sua posição junto a outros pilotos e, por isso, acabou se tornando um personagem polêmico dentro do automobilismo.
Os dois pilotos que mais "sofriam" com as declarações de Piquet eram Ayrton Senna e o inglês Nigel Mansell. Muita gente não entendia o motivo de tantas críticas ao compatriota, outro grande ídolo dos brasileiros. Uma das polêmicas criadas pelo tricampeão foi quando ele desmentiu Senna sobre o seu salário na Lotus. “Ele ganhava menos da metade que vivia falando. Eu sei disso porque vi o contrato dele”, disse Piquet.
Com Mansell a rivalidade não era apenas nas corridas, mas também nos bastidores e declarações à imprensa. Os dois trocavam farpas e Piquet não poupava nas palavras. "Mansell é o maior idiota que eu já vi", dizia sobre o companheiro na Williams.
Sua sinceridade muitas vezes assustava, mas também fez com que o brasileiro fosse admirado por muita gente. Considerado por muitos como um dos melhores acertadores de carro da F-1 - senão o melhor - Piquet foi um exemplo como piloto e é um dos maiores ídolos da história do esporte brasileiro em todos os tempos.
Outras frases de Piquet
"O meu sangue tem mais gasolina do que hemoglobina"
"Uma corrida não se ganha na primeira volta, mas se perde" (falando aos novatos na F-1)
"Se eu fosse ele, pulava o muro de Interlagos e só aparecia na Argentina" (sobre o que Rubens Barrichelo iria ouvir nos boxes depois de rodar em Interlagos)
"O negócio dele é com garotões. Eu nunca o vi com mulheres" (sobre Ayrton Senna)
"O Senna vive para o esporte e tira o máximo proveito por ser considerado um grande herói das pistas. Às vezes fico pensando que não sabe fazer mais nada na vida".
"Para limpar seu capacete eu não sirvo, mas talvez você possa limpar o meu, que é de um campeão mundial" (frase dirigida o argentino Carlos Reutemann, seu rival, depois de conquistar o seu primeiro título na F-1, em 1981)

Fonte: GLOBOESPORTE.COM