segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Post Especial: JOGOS OLÍMPICOS


Boicote aos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos de 1980 em Moscou, contaram com o mais baixo número de atletas desde Melbourne, em 1956, devido ao maior boicote já realizado na história olímpica.
Como protesto contra a invasão soviética do Afeganistão, o presidente norte-americano Jimmy Carter anunciou o boicote de sua nação aos Jogos, conclamando seus aliados pelo mundo a darem o mesmo exemplo; 69 nações, o triplo das nações africanas que se recusaram a participar dos Jogos anteriores em Montreal por questões raciais, seguiram o caminho dos Estados Unidos, levando estes Jogos a um esvaziamento que afetou bastante o nível técnico de diversas modalidades. Alguns países ocidentais apoiaram, como a França, Portugal e o Reino Unido, mas deixaram seus atletas decidir-se por eles mesmos se eles queriam ir à União Soviética ou não. Porém, esses países mandaram uma delegação de atletas muito menor do que eles normalmente mandam aos Jogos Olímpicos.

Em 1984, os Jogos foram realizados em Los Angeles, EUA, sem a participação de muitos dos países da Europa Oriental, liderados pela URSS, além de países comunistas como Coréia do Norte, Etiópia e Cuba em retaliação ao boicote liderado pelos norte-americanos aos quatro anos antes. Os soviéticos alegaram falta de segurança aos seus atletas, e anunciaram sua decisão de não competir nos Jogos em 8 de maio de 1984.
Este começo dos anos 80 representou um dos piores momentos vividos pelos Jogos Olímpicos e pelo Comitê Olímpico Internacional em toda a sua existência.

Geração de Prata do vôlei brasileiro

Bernard, Bernardinho, Montanaro, Xandó, Fernandão, William, Renan, Ruy, Marcos Vinícius, Domingos Maracanã e Amauri. Quem consegue esquecer esse fantástico time de vôlei, comandado por Bebeto de Freitas, que encantou a torcida brasileira. Uma torcida tão acostumada a acompanhar a seleção de futebol, mas que pela primeira vez na história trocava as bolas e os pés pelas mãos.
A história dessa geração vencedora começou em 1981, quando a seleção alcançou sua primeira grande conquista internacional: a terceira colocação na Copa do Mundo do Japão.
Em 1982, o time triunfou no Mundialito do Rio e conseguiu a medalha de prata no Mundial da Argentina. Em Caracas, 1983: Brasil campeão do Pan-americano.
A campanha na Olimpíada de Los Angeles alternou momentos mágicos com problemas nos fundamentos e no relacionamento do grupo. A prata foi um conquista incrível, mas chegou com um sabor amargo de derrota.
Até a conquista do título olímpico em 1992, essa geração era conhecida como a "Geração de Ouro" do vôlei brasileiro.

Campanha:
Brasil 3-1 Argentina
Brasil 3-0 Tunísia
Coréia do Sul 3-1 Brasil
Brasil 3-0 Estados Unidos

Semifinal
Brasil 3-1 Itália

Final
Estados Unidos 3-0 Brasil

Relembre aqui a partida final

Futebol nos Jogos de 1988

Quatro anos após a primeira medalha de prata no futebol olímpico, o Brasil chega novamente a uma final. E mais uma vez a conquista inédita da medalha de ouro é adiada. Alguns dos jogadores que disputaram o torneio olímpico, viriam a conquistar a Copa do Mundo seis anos depois.


Seleção: Taffarel, Zé Carlos, Jorginho, Luís Carlos Winck, André Cruz, João Santos Batista, Ademir, Mazinho, Edmar, Andrade, Hamilton, Milton, Geovani, Neto, Sergio Donizete Luiz, Bebeto, Aloísio, Romário, Treinador: Carlos Alberto Silva

Primeira fase:
Brasil 4–0 Nigéria
Brasil 3–0 Austrália
Brasil 2–1 Iugoslávia

Quartas de final:
Brasil 1 – 0 Argentina

Semifinal
Brasil 1 - 1 Alemanha Ocidental (nos penaltis Brasil 4-3)

Final
União Soviética 2 – 1 Brasil

Todos os gols da campanha aqui

Abertura dos Jogos de Seul

Os Jogos de Seul começaram sob o clima de emoção e de uma ovação sem precedentes, com a tocha olímpica entrando no estádio conduzida por Sohn Kee-chung, aos 75 anos e com reluzentes cabelos brancos, maior herói olímpico coreano, que 52 anos antes, com o nome de Kitei Son, ganhou a medalha de ouro na maratona representando o Japão, que ocupava militar e politicamente a Coréia naqueles tempos.
Sohn, então recordista mundial da prova e obrigado a competir pelos dominadores, passou o tempo todo dos Jogos explicando pacientemente aos jornalistas que seu país era uma nação independente ocupada, sem medo de represálias, pois os japoneses estavam mais interessados na sua vitória do que na diplomacia. Constrangido, após vencer a maratona, recebeu sua medalha de ouro no pódio olímpico ouvindo o hino nacional japonês sob o hasteamento da bandeira do sol nascente, olhando para o chão, ao lado do compatriota Nam Sung-Yong, também com as cores japonesas, que conquistou a medalha de bronze.
Nos anos 90, o Comitê Olímpico Internacional reconheceu sua nacionalidade, retirou extra-oficialmente do Japão as medalhas ganhas na maratona de Berlim - oficialmente, o COI não reconhece medalhas por países mas por atletas individualmente - e as passou à Coréia, unida, de antes da II Guerra Mundial, após a qual ela foi transformada em dois países, Coréia do Norte e Coréia do Sul.


Curiosidade
Existe entre os tesouros oficiais da Coréia do Sul um capacete de bronze datado da Grécia antiga. Este é o presente que foi dado a Sohn Kee-Chung pela vitória na maratona olímpica, apesar de não ter sido entregue a ele diretamente durante os Jogos. O capacete foi descoberto em 1875 por um arqueológo alemão em Olímpia e é similar a outros fabricados em Corinto, sete séculos antes de Cristo.
Após a maratona, o presente deveria ser entregue ao vencedor da prova, mas Sohn retirou-se do estádio sem ter conhecimento dele. Como as regras rígidas do COI proibiam que os atletas recebessem qualquer coisa além de suas medalhas, o capacete passou décadas exposto ao público num museu de Berlim. Nos anos 80, graças a uma campanha de um jornal grego sobre o fato, o capacete finalmente foi entregue em mãos de Shon-Kee-chung na Coréia, que em 1987 o doou ao povo do país como parte de seu tesouro nacional. Sohn morreu em 15 de Novembro de 2002.

Assista aqui a trechos da cerimônia de abertura

Ben Johnson

O velocista jamaicano, naturalizado canadense, Ben Johnson produziu as manchetes e o maior escândalo de doping dos Jogos de Seul e da história olímpica nos 100m rasos. Em 24 de setembro de 1988, numa prova esperada com ansiedade e acompanhada ao vivo pela TV por bilhões de pessoas ao redor do mundo, Johnson derrotou seu maior adversário e mais famoso corredor da época, o norte-americano Carl Lewis, quatro medalhas de ouro nos Jogos de Los Angeles quatro anos antes, estabelecendo o recorde mundial de 9s79, marca impensável para a prova naqueles dias. Dois dias depois, o mundo perplexo tomava conhecimento de que Johnson havia sido pego no exame anti-doping pelo uso do esteróide stanozolol, sendo obrigado a devolver sua medalha de ouro – entregue a Lewis, segundo colocado – e recebendo a pena de dois anos de banimento do esporte.
Após cumprir o tempo de suspensão, que passou praticamente em casa com a família e durante o qual perdeu todos os contratos publicitários que o haviam tornado rico, Johnson tentou voltar as pistas em 1991 sem conseguir resultados animadores, conseguindo ir apenas até as semifinais dos 100m nos Jogos de Barcelona 1992.
No ano seguinte, ele foi novamente pego num teste anti-doping numa corrida em Montreal e, por ser reincidente, banido definitivamente do atletismo, sendo chamado de desgraça nacional pelo ministro dos esportes amadores do Canadá, que ainda sugeriu que ele voltasse para a Jamaica.
Nos últimos anos, completamente afastado de atividades esportivas, Johnson tem estado à frente de um negócio próprio de roupas esportivas; em 2006 deu uma entrevista afirmando que foi sabotado em Seul e que 40% dos atletas que hoje competem o fazem dopados para aumentar suas performances.

Assista aqui a prova.