domingo, 27 de julho de 2008

Democracia Corintiana

Foi um movimento no Sport Club Corinthians Paulista, liderado por um grupo de jogadores politizados, liderado por Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon, constituindo o maior movimento ideológico da história do futebol brasileiro.
Em abril de 1982, Waldemar Pires é eleito presidente do Corinthians, e escolhe como diretor de futebol o sociólogo Adílson Monteiro Alves que primava por ouvir os jogadores.
A partir daí foi instituído um sistema de autogestão, onde jogadores, comissão técnica e diretoria decidiam tudo no voto. As pautas eram as mais variadas: contratações, demissões, escalação, local da concentração, entre outras. Um aspecto importante era que todos os votos tinham peso igual, dos jogadores ao presidente.
Nesse período o Corinthians foi o primeiro clube a utilizar a camisa com dizeres publicitários. Por iniciativa do publicitário Washington Olivetto (criador do termo 'Democracia Corintiana') o time estampava em suas camisas frases de cunho político, como "Diretas Já" ou "Eu quero votar para presidente". Isso no período da ditadura militar, quando os movimentos sociais começavam a se rearticular para a instituição de uma democracia. O que causou desconforto entre os militares, que através do brigadeiro Jerônimo Bastos, pediram moderação ao clube.
O resultado desse sistema revolucionário foi próspero. O time chegou as semifinais do campeonato brasileiro daquele ano, e conquistou o campeonato paulista em 1982 e em 1983.
Durante o período de autogestão, o Corinthians quitou todas as suas dívidas, e ainda deixou uma reserva nos caixas do clube para o próximo período.

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