quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Kichute

Se você tem entre 30 e 35 anos e estava em idade escolar entre 1975 e 1982, certamente usou um Kichute. O calçado, que era a solução mais barata e inteligente para os pais na hora de escolher o que os meninos usariam na escola, caiu no ostracismo no final da década de 90, perdeu boa parte de seu público, mas nunca perdeu o charme.
O Kichute foi criado pela Alpargatas em 1970. A empresa queria um calçado para aproveitar a paixão futebolística que assolava o Brasil por conta do Bicampeonato Mundial de 1962. Em 15 de junho de 1970, durante a Copa do Mundo do México o Kichute foi lançado e não poderia ter sido em melhor hora. A seleção brasileira de futebol jogava por música e o Kichute vendia como água. O calçado, a princípio criado para atender as classes C e D, era barato e muito, mas muito resistente. Além da praticidade, o Kichute era feito de lona e tinha cravos que imitavam uma chuteira de verdade.
A partir daí o Kichute passaria a estar intimamente ligado ao futebol, para sua alegria e posterior desgraça. O empresário Ricardo Trancoso, hoje dono de uma loja de material esportivo em Campos, foi um dos que usaram o Kichute na infância, mas hoje afirma que o bom e velho calçado não teria vez perto dos tênis esportivos que dão muito mais conforto para o usuário. "As marcas estão muito modernas e ninguém quer usar um Kichute, além de ser desconfortável perto dos calçados de hoje não tem o mesmo apelo que as novas marcas têm, o conceito de durabilidade que o calçado oferecia hoje não faz mais sentido", conta.
Foi justamente uma concorrência desleal que derrubou as vendas do Kichute e o transformou em peça de museu. Por estar diretamente ligado ao futebol, os pais preferiam comprar um calçado que pudesse durar, já que na hora do recreio a brincadeira predileta era chutar de bola de couro a latas de leite, o negocio era chutar alguma coisa. O problema é que com as derrotas da Seleção Brasileira de Futebol em 1982, 1986 e 1990, a história de chutar alguma coisa foi ficando sem graça e as vendas do Kichute caíram com o futebol do Brasil.
O calçado que chegou a vender em 1978, quase 98 milhões de pares, o que dá a impressionante marca de 10% da população do Brasil na época, não vendeu nem 10 milhões de pares em todo o país. Quando o Brasil voltou a ganhar uma Copa do Mundo os tênis esportivos já haviam escrito o epitáfio do Kichute. "A performance dos esportivos é muito melhor do que a do Kichute e para quem usava o calçado o dia inteiro era meio desconfortável, alem de causar um chulé insuportável", conta o segurança Cléber Aguiar que pediu o calçado aos seus pais, pois era o que havia de mais parecido com a chuteira de um jogador de futebol.
Hoje o Kichute não vende 200 mil pares por ano e a Alpargatas, embora tenha planos de relançar a marca, ainda não o fez. Com uma campanha de mídia perto do zero nenhuma loja de calçados se interessou pelo Kichute. "Eu acho arriscado, pois o Kichute, perto dos calçados de hoje, não funcionaria, eu não o colocaria à venda, a menos que o modelo fosse atualizado, a marca é muito forte, mas o modelo está ultrapassado", ponderou Trancoso.
Resgate - Em 2002 o estilista Alexandre Herchcovitch colocou seus modelos desfilando com Kichutes no São Paulo Fashion Week daquele ano. Segundo Herchcovitch, O Kichute foi revisitado e apareceu "moderninho", com estampas e tecidos da própria grife. Foi o último suspiro do Kichute e a sua última aparição em público. Se hoje os pais gastam um tênis a cada semestre, para os filhos que querem ser iguais ao Ronaldinho Gaúcho, só resta lamentar a falta que um Kichute faz.


O kichute e seus laços

Com certeza um dos maiores charmes do Kichute era a forma de se amarrar o cadarço. Nada dos nós mirabolantes que hoje estampam os All Stars, as formas de se amarrar o Kichute eram mais simples. Ou se amarrava o Kichute por baixo, com os cadarços passando por baixo do tênis ou amarravam os cadarços na canela. Conta a lenda que quem amarrava o cadarço por baixo eram os meninos que jogavam bola. E quem amarrava na canela não era muito bom com a bola nos pés. Como o Kichute possuía cravos de borracha maciça, altos, que imitavam os cravos de uma chuteira, passar o cadarço por baixo do calçado não trazia problema algum.
Para matar as saudades do Kichute, acesse o site http://www.kichute.com.br/ , mantido pela Alpargatas traz todas as informações sobre a marca, e até maneiras diferentes de se amarrar o cadarço.



Assista aqui o comercial do Kichute

sábado, 11 de agosto de 2007

Paquitas

As Paquitas foram as ajudantes de palco da apresentadora Xuxa Meneghel, e a acompanharam durante as gravações e apresentações por todo o Brasil e também no exterior.A primeira ajudante de Xuxa foi Andrea Veiga, em 1984, que ganhou o apelido de Paquita. Mas, uma menina não era o suficiente para tanta criança, então foi escolhida em 1985 uma outra adolescente, Andréia Faria, apelidada de Xiquita Sorvetão.Quando Xuxa foi para Rede Globo em 1986, o palco e o espaço eram maiores, por isso seriam necessárias mais ajudantes, sendo contratadas Louise Wischermann (Pituxa Alemã) e Ana Paula Guimarães (Catuxa). Em 1987 entram Roberta Cipriani (Xiquitita Surfista), Priscilla Couto (Catuxita Top Model), Anna Paula de Almeida (Pituxita Bonequinha) e Tatiana Maranhão (Paquitita Loura). Em 1988 sai do grupo Andrea Veiga. Em 1989 sairam Ana Paula Guimarães e Louise Wischermann e, no mesmo ano, entram Cátia Paganote (Miúxa Bruxa) e Letícia Spiller (Pituxa Pastel). Como o grupo precisava de um nome, acabou sendo batizado de "Paquitas", apelido da primeira paquita, Andrea Veiga.Também em 1989 elas lançam seu primeiro álbum, conquistando o disco de platina triplo pela vendagem de 800 mil cópias. Depois de muitas trocas e gerações, em julho de 2002, o grupo foi extinto. As duas primeiras gerações foram as mais famosas.

1ª Geração
Ana Paula Guimarães
Anna Paula de Almeida
Andrea Veiga
Andréia Faria
Louise Wischermann

2ª Geração
Ana Paula Guimarães
Anna Paula de Almeida
Andréia Faria
Bianca Rinaldi
Cátia Paganotte
Flávia Fernandes
Juliana Baroni
Letícia Spiller
Priscilla Couto
Roberta Cipriani
Tatiana Maranhão

Relembre aqui o sucesso das Paquitas

FADA MADRINHA

É tão bom,bom,bom,bom
Quem quer pão,pão,pão,pão
Bom estar contigo na televisão
É tão bom,bom,bom,bom
Quem quer pão,pão,pão, pão
Bom estar contigo no meu coração

A gente já pulou, brincou
Ficamos juntos dia-a-dia
A gente se multiplicou
E dividimos alegria

A gente sabe que viver
É muito mais que uma aventura
A gente sabe que vencer
É pra quem sonha e quem procura

A gente brinca de esconder
Nem sempre a gente faz de conta
Um dia a gente vai crescer
E o mundo a gente toma conta

A gente quer o azul do céu
E o sol brilhando com certeza
A gente quer da vida um mel
Tão puro feito a natureza

Saiba como estão as Paquitas

Acidente com césio 137 em Goiânia

Publico na íntegra esta belíssima matéria do programa Linha Direta Justiça de 09/08/2007, para saber mais acesse os links ao final do texto:

A cidade de Goiânia (GO) foi palco do maior acidente radioativo em área urbana do mundo. No dia 13 de setembro de 1987, os catadores de papel Wagner Mota Pereira e Roberto Santos Alves encontraram um aparelho usado para o tratamento de câncer abandonado nos escombros de uma clínica de radioterapia desativada. O que eles não sabiam é que dentro da peça tinha uma cápsula de césio 137 com 100g de material altamente radioativo. Como a peça era composta de chumbo e metal, os dois ficaram empolgados com o valor que poderiam receber pela venda do equipamento. Eles tentaram quebrá-la ali mesmo, mas não conseguiram. Mas separaram o aparelho em duas partes. Pegaram a parte menor, juntamente com a cápsula de Césio que era acoplada na extremidade da peça, e a transportaram em um carrinho de mão para a casa de Roberto. Eles tentaram abrir a peça à marretadas, mas só conseguiram desobstruir um pequeno orifício, que era vedado por um material menos resistente. Os dois amigos começaram a passar mal e não sabiam o motivo de estarem doentes. Cinco dias depois, eles resolveram vender a peça para o ferro-velho de Devair Ferreira. Dois empregados do ferro-velho conseguiram desmontar a peça e deixaram os pedaços em uma prateleira. À noite, Devair descobriu que a peça tinha um pó que emitia um brilho azul no escuro. Ele ficou fascinado pela descoberta e resolveu mostrar o pó brilhante para a mulher, Maria Gabriela. Daí em diante, a peça e o pó – nada mais do que fragmentos do césio 137 – passou a circular entre os parentes e amigos de Devair, que, hipnotizados pelo brilho azul da morte, não faziam idéia do perigo que o material representava. Uma das pessoas que teve contato com o césio foi a menina Leide das Neves Ferreira, de seis anos, sobrinha de Devair, que chegou a ingerir . Preocupada com os problemas de saúde que sua família começou apresentar, Maria Gabriela decidiu levar a cápsula do césio para a Vigilância Sanitária. Quando o alarme de contaminação foi dado já era tarde demais. A radiação já tinha se espalhado para centenas de pessoas. A tragédia repercutiu no Brasil e internacionalmente. Nessa época, o mundo ainda se recuperava do desastre causado por um vazamento na usina nuclear de Chernobyl, na antiga União Soviética, ocorrido um ano antes. No início de outubro de 1987, os pacientes mais graves forma transferidos para o Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. Entre eles, estavam Devair, Maria Gabriela e Leide. Maria Gabriela e a sobrinha Leide não resistiram aos efeitos da radioatividade e morreram. Ivo, pai de Leide, também morreu. Devair recebeu alta do hospital e morreu sete anos depois. Os dois empregados do ferro-velho de Devair também morreram. Oficialmente, o acidente com o césio deixou 675 pessoas contaminadas e quatro vítimas fatais. Mas nós últimos 20 anos, 59 pessoas morreram por causa de doenças desenvolvidas a partir da contaminação. Até hoje, existem mais de 170 pedidos de indenização na Justiça e muitas pessoas ainda sofrem com doenças geradas pelo contato com o material. Em Goiânia, as vítimas do césio se reuniram em uma associação e reivindicam um atendimento médico mais digno do governo e lutam pelo fim do preconceito.

Leia mais
Assista ao programa aqui (somente para usuários globo.com)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

"Curtindo a vida adoidado"


Comédia americana de 1986, dirigido por John Hughes, que conta as aventuras de Ferris Bueller. Um marco do cinema dos anos 80. Assista aqui Ferris em Nova Iorque ao som de "Twist and shout".




Sinopse

No último semestre do curso do colégio, estudante Ferris Bueller (Matthew Broderick) sente um incontrolável desejo de matar a aula e planeja um grande programa na cidade com a namorada (Mia Sara), seu melhor amigo (Alan Ruck) e uma Ferrari. Só que para poder realizar seu desejo ele precisa escapar do diretor (Jeffrey Jones) do colégio e de sua própria irmã (Jennifer Grey).

Elenco

Matthew Broderick, Alan Ruck, Mia Sara, Jeffrey Jones, Jennifer Grey, Cindy Pickett, Lyman Ward, Edie McClurg, Charlie Sheen, Ben Stein, Del Close, Virginia Capers, Richard Edson, Larry Flash Jenkins, Kristy Swanson

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

RPM

Formado por Paulo Ricardo (voz e baixo), Fernando Deluqui (guitarra), Luiz Schiavon (teclados) e Paulo Pagni (bateria) na cidade de São Paulo em 1983, o RPM foi um dos grupos mais bem sucedidos da história da música brasileira. Na segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes de vendagens da industria fonográfica brasileira. Seus criadores tinham um forte embasamento cultural e musical, o que foi fator determinante no tiro certo para o sucesso.
O primeiro LP, "Revoluções por minuto", fez sucesso e chegou a vender 600 mil cópias. Impressionado com o potencial do grupo, o empresário Manoel Poladian passou a produzi-lo e chamou Ney Matogrosso para dirigir o novo espetáculo do grupo. A excursão do show "Rádio Pirata" começou em setembro de 1985 e só foi encerrada em dezembro do ano seguinte, com o espantoso número de 270 espetáculos e assistência estimada em dois milhões de pessoas. Devido ao sucesso da excursão, o show acabou sendo transformado no disco "Rádio pirata ao vivo", que, lançado em 1986, vendeu a cifra astronômica de mais de dois milhões de cópias, tornando o RPM o maior sucesso comercial do rock nacional.
O disco seguinte, "Quatro Coiotes", foi o último antes da banda se desfazer. Paulo Ricardo seguiu carreira solo, na linha de baladas românticas.
Retornaram em 2002, para a gravaççao do disco MTV RPM Ao Vivo, e em 2003, voltaram a se separar.

Discografia:

1985 - Revoluções por minuto
1986 - Rádio pirata Ao vivo
1988 - RPM (Quatro Coiotes)
2002 - MTV RPM Ao Vivo