segunda-feira, 5 de novembro de 2007

"Eu, Christiane F. - 13 Anos, Drogada e Prostituída"

Christiane Vera Felscherinow ainda não se livrou da guerra particular iniciada em 1975 contra as drogas. Hoje ela chegou a um estado que alguns médicos consideram "irreversível": sofre de hepatite tipo C e de graves problemas circulatórios. A senhora Felscherinow é, para o mundo, Christiane F., drogada e prostituída aos 13 anos. Seu drama de vício da heroína virou best seller e filme cultuado na década de 80.É raro encontrar pessoas que viveram sua adolescência nos anos 80 que não conheçam parte de sua história. A saga da garota alemã que se prostitui para sustentar o vício em heroína era leitura quase obrigatória para a chamada geração saúde.
Os jornalistas Kai Herman e Horst Rieck, da revista Stern, notaram a presença da garota durante uma reportagem e escreveram uma série de matérias na publicação. Foi a origem do livro que ganhou rapidamente uma versão cinematográfica, igualmente aclamada, lançado mundialmente em 1981, que encontrou certa dificuldade com a censura no Brasil, que ainda vivia sob o governo militar.
Hoje, Christiane é um retrato, ainda vivo, do poder destruidor das drogas. Apenas em dezembro de 2005, o serviço público de saúde alemão registrou duas internações da paciente, que há anos passa por inúmeros tratamentos de desintoxicação. Todos, invariavelmente, não a livraram do uso de heroína.A iminência de um "colapso circulatório com potencial risco às funções vitais" é descrita em pelo menos um relatório médico. Christiane tem de passar regularmente por sessões de hemodiálise. Mas além das agulhas e injeções hospitalares, ela sempre recorreu ao "pico" da heroína.Sem emprego fixo, Christiane sobrevive dos royalties das obras às quais empresta sua história. A vendagem de livros e a exibição do filme, porém, têm sido cada vez mais escassos. Sua situação financeira é limítrofe: vive com dois tios e o filho de 9 anos, Jan-Nicklas, num apartamento modesto em Berlim. É seu sétimo endereço em 15 anos.Desde que se tornou famosa ao ser "descoberta" por dois jornalistas alemães, que publicaram sua história, Christiane tentou reconstruir a vida, sem sucesso. Chegou a anunciar que estava "limpa", livre das drogas. Anos depois, admitiu que isso nunca ocorreu, a não ser por um período máximo de cinco meses.Convicta, ela sempre diz que não se considera uma vítima das drogas. Pelo contrário, garante que faz tudo de forma absolutamente consciente.O inferno de Christiane Vera Felscherinow começou em 1973, quando seus pais se divorciaram. Freqüentadora da discoteca Sound, conheceu Detlef, que se tornaria seu namorado.Viciado em heroína, Detlef introduz Christiane na "gangue do Zôo", grupo de jovens berlinenses que usavam drogas numa famosa estação de metrô da cidade alemã.No local, ela se prostituiu dos 13 aos 15 anos, necessitando de três "picos" (doses da droga) por dia na reta final. Dizia ser "seletiva", repelia os "nojentos", levava uma tarde inteira pra aceitar um cliente. Depois, mudou, aceitava o primeiro que aparecia, tinha relações dentro de carros.
O ex-namorado Detlef ainda está vivo, trabalha como motorista de ônibus em Berlim. Mora com sua esposa e dois filhos e garante que se livrou das drogas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interçante está história, me juda um pouco com o que procuro...
não sou usuária de drogas,nem jamais fiz isso, quero judar minha melhor amiga que está mergulhndo neste mar de sofrimento e arrependimento... ela já começa a mentoir para os pais, se mete em situações embaraçosas,e ñ quero que a vida dela se destrua. No momento ela diz que é só pora se divertir, mas ue sei como começa e sei também aonde pode terminar... Se puderem me ajudar agradeceria... Meu e-mail e anne.1504@hotmail.com, ficaria completamente agradecida se podecem me dar alguns concelhos. agradeço a atenção Anne Caroline